Antes de iniciarmos qualquer abordagem se faz necessário quebrarmos um grande paradigma existente com relação a idade produtiva do nosso trabalhador. Como já sabemos a nossa expectativa de vida vem aumento década após década, isso se dá devido as melhorias nas condições de vida da nossa população, consequentemente temos mais pessoas com esse perfil no mercado. E o que fazemos com essa nova realidade? Porque pessoas estão voltando para o mercado de trabalho?
É ai que entra o papel da área de Recursos Humanos, muitas empresas possuem restrições na contratação desses profissionais, alegando a inadaptabilidade com a realidade frenética e a cultura do imediatismo que vivemos, porém podemos dizer que essa afirmação não é uma verdade absoluta, e sim, um achismo ou casos isolados vivenciados, pois pesquisas vem evidenciando a vitalidade e a grande capacidade de aprendizagem e adaptabilidade desse público. Sabemos que o cenário financeiro vem reduzindo o poder de compra mês a mês, obrigando as pessoas a retornarem ao mercado produtivo do trabalho, como também muitos casos onde as pessoas não querem se aposentar e sim continuar na ativa.
Hoje vivenciamos um grande apagão da mão de obra em diversos setores, onde temos que parar e analisar qual é o nosso papel e responsabilidade nesse cenário. Muitas empresas já se conscientizaram desse realidade e estão criando excelentes alternativas para atrair e formar diversos públicos “estigmatizados”, pois eles encontram infinitas barreiras para permanecer e/ou voltar ao mercado de trabalho.
As ideias estão cada vez mais “criativas”, visto que não adianta somente ir no mercado buscar um profissional pronto com experiência, pois em sua grande maioria estão super valorizados, isso se dá pela lei da oferta e procura, logo vale muita a pena investir na formação desses profissionais.
Já é possível encontrar programas de estágio para o público “Senior”, tendo como escopo a formação inicial “sem experiência”, como também programas que permitem que as pessoas possam mudar de carreira. É possível constatar essa informação principalmente nas áreas que mais faltam mão de obra (Serviços, Vendas, TI, Produção entre outras…).
Em face a essa nossa realidade os RH’s precisam criar políticas de recrutamento mais inclusivas para esse público, pois a diversidade agrega valor não só ao negócio, mas também na vida das pessoas que estão sendo inseridas nesse contexto. Empresas que já fizeram a implantação desse modelo colhem bons frutos com empregados mais confiáveis, dedicados, comprometidos, engajados, proativos, empáticos, pontuais entre outros…
Más é fácil para as pessoas fazerem essa mudança de área e/ou carreira? A resposta é Não.
Estudos demonstram que esse público ao realizar uma busca para voltar ao mercado costuma olhar para a mesma área que trabalhou sua vida inteira, quando não encontram decidem em muitos casos empreender, isso se dá pois durante sua vida laboral não ocorreu um planejamento do que fazer após uma determinada idade.
Hoje o mercado já oferece diversas plataformas para busca de emprego, inclusive direcionadas para esse público, é muito importante lembrar que independentemente da faixa etária, existem pontos importantes que devemos sempre levar em consideração.
Abaixo algumas dicas valiosas para esse momento que nos gera ansiedade e preocupação:
- Verifique o que o mercado exigindo
- O que você gosta de fazer
- Estude o mercado
- Crie um perfil no Linkedin
- Faça conexões
- Atualize-se com cursos
- Atualize com os novos sistemas de informática
- Atualize seu CV
- Cuide sua imagem que é o seu cartão de visita
- Não desista
Plataformas
- Vagas.com
- Maturi Jobs
- Catho
- Info Jobs
- Portal Emprega Brasil
Contudo podemos considerar que as partes precisam trabalhar juntas pondo em prática os seus papeis, empresas com um olhar inclusivo com a nova realidade do mercado com um olhar de quanto esse profissional poderá agregar em seu time, como também do outro lado o profissional se capacitando para a nova realidade do mercado.
Autor:
Wilson Zacardi Macena Junior
Squad Compliance e Boas Práticas
