O Duelo Final entre a Falta de Critérios e a Gestão Profissional de RH
Atualmente, o cenário é cada vez mais crítico para as Instituições que ainda teimam em priorizar o chão de mármore (primo rico) ou ficar no papel da vítima (primo pobre), ao invés de fazer GESTÃO e aumentar a produtividade e competências de seus líderes e colaboradores. É interessante notar, entrando e saindo de tantos R.H.s pelo Brasil a fora, que ainda encontramos muitas Instituições que parecem fazer questão de:
1) Ignorar, os “Custos Invisíveis” de perder um Talento e com ele todo o “Conhecimento” Aprendido dentro da instituição, além dos custos de processos seletivos pouco profissionalizados e equivocados, nos quais o resultado final é o aumento do índice de rotatividade de pessoal e de transtornos dentro das equipes de trabalho…
2) Ignorar que o mau desempenho é a única coisa que não se resolve sozinha dentro de uma equipe, como bem mencionava o grande “Peter Drucker”, e que se os Líderes não forem efetivamente capacitados para conduzir uma Avaliação de Desempenho por Competência, mais transtornos teremos nestas equipes…
3) Ignorar, ainda, que processos Educacionais não são despesas ou custos, mas Investimentos que precisam ser monitorados por indicadores de eficiência, eficácia e efetividade e que sem isso, treinamento é literalmente dinheiro jogado fora…
Se sua empresa ou seu RH ainda acha “Conhecimento” um Investimento Caro, então, imagine o preço da Ignorância (acima mencionada)…
Enfim, aqueles que continuarem neste Processo de apenas IGNORAR pagarão o preço pelo próprio grau de miopia empresarial, especialmente no contexto e com as sequelas que a Crise dos últimos tempos nos deixou de “Herança” na área de Gestão de Pessoas….
Hoje qualquer Certificação de Qualidade (ISO9000, Acreditação Hospitalar, Joint Comission, etc) aponta para a Exigência de se adotar uma “Gestão Por Competências” dentro das práticas de RH. E para aqueles Gestores que já corrigiram o problema oftalmológico da miopia, este é o único caminho para a Profissionalização e Obtenção de Resultados Inteligentes, afinal, o piso de mármore não constrói resultados, sabe por quê? Porque simplesmente os Resultados são edificados por pessoas (líderes/equipes) com visão estratégica de negócios e com um componente extra no cenário desse “Novo Anormal” (como eu gosto de dizer): “Inteligência Emocional”.
Está na hora de parar de reclamar e começar a Agir… Estamos vendo equipes desgastadas pela crise, sem apoio psicológico de seus líderes… E ainda tem Diretor querendo mais resultado… Para esses que ainda não entenderam o quanto usar as ferramentas de Gestão por competências pode contribuir (Ex. Feedback de Reconhecimento), vale lembrar que Equipes de 1ª. não caem do céu. É preciso ter um Modelo de Gestão de Primeira Linha, é preciso definir Práticas de Gestão do Conhecimento (para retê-lo dentro da empresa) e, finalmente, é preciso fortalecer os líderes com critérios e métodos. Porque Equipes de 1ª. só podem ser formadas por Líderes de 1ª. E o caminho, embora de médio e longo prazo, se chama um só: “Gestão por Competências + Gestão do Conhecimento”:
Neste Modelo Inteligente de Gestão das Pessoas (+) Conhecimento na sua instituição, você elimina dois vilões da alta performance: Falta de Critérios e a Perda de Conhecimento Estratégico.
Na realidade, você e sua empresa (inclusive hospitais, universidades, etc) passam a ter “Transparência, Clareza e Critérios de Desempenho Muito Bem Definidos”. O benefício pode-se notar diretamente no esquema anterior: “Critérios de Captação e Seleção de Pessoas, com menor % de Erro na Admissão de colaboradores e líderes; Mapeamento dos GAP´s existentes nas lideranças (Traçar Planos de Desenvolvimento Individual Inteligentes: O que se precisa versus o que as lideranças apresentam como desempenho atual); E uma terceira e última ferramenta importante: “Se eu sei o que cada líder, cada colaborador precisa melhorar para trazer mais resultados concretos para a instituição, então eu posso usar o treinamento de forma inteligente, capacitando em Planejamento, somente aqueles que apresentam um desempenho abaixo do necessário em Planejamento.
E um alerta final: Muitas instituições estão dizendo por aí que tem Gestão Por Competências e fazem Gestão do Conhecimento… Cuidado!!! Há muita cortina de fumaça para esconder na realidade apenas uma Avaliação de Desempenho “muito caseiramente mal feita”.
Pense nisso e tome decisões ainda mais efetivas na Gestão de R.H. da sua instituição, porque as Auditorias de Qualidade estão cada vez menos deixando passar esses modelos camuflados…
E conte com profissionais e empresas com expertise na sua área (por ex.hospitais), pois, ainda há muita gente vendendo “milagres” no mercado, sem de fato conhecê-lo… Por fim, uma última pergunta para pensar na cama, como diria o saudoso Joemir Beting:
“De que adianta eu ter Processos Padronizados, se não tiver gente competente para executá-los?”
Ótima pergunta nesse momento e para muito além dele também…
Sobre o Autor:
Prof. Fabrizio Rosso
Administrador Hospitalar, Mestre em Recursos Humanos pelo Mackenzie-SP
Autor dos Livros:
1) “Gestão ou Indigestão de Pessoas?”
2) “Liderança em 05 Atos – Ferramentas Práticas para Gestores na área da saúde” – Ed.Loyola
3) Liderança de Alto Impacto e Acreditação Hospitalar – Ed.Lisbon Internacional
Sócio e Diretor Executivo da FATOR RH, VP no Squad Gestão do Conhecimento do HUBRH+